Compartilhamento de dados entre seguradoras pode impulsionar setor no Brasil
Segundo um relatório da McKinsey, o Open Insurance pode ser a solução para algumas ineficiências específicas do mercado de seguros.
O estudo Global Insurance Report, realizado pela McKinsey, mostra que o mercado de seguros está em franca expansão na América Latina. De acordo com o levantamento, o segmento de seguros da categoria não Vida (que inclui seguro a propriedades, acidentes pessoais ou de trabalho, seguro de saúde, de responsabilidade civil, de incêndio, de crédito e outras assistências), mais que dobrou entre 2011 e 2022. No mesmo período, seguro de vida mais que triplicou.
Em toda América Latina, existe um aumento no número de empresas, insurtechs e startups que atuam no segmento. É o caso da Finansystech, uma companhia do grupo Celcoin pioneira no ecossistema de Open Finance e Open Insurance. A fintech criou o Mock Insurance, que é o ambiente de testes usado por todas as empresas do setor, para auxiliar as seguradoras a desenvolver os parâmetros de segurança usados por todos os participantes do sistema. A empresa já atua no Brasil e Chile.
Os desafios do setor
Segundo o relatório da McKinsey, o ecossistema brasileiro ainda não aproveita todas as oportunidades e o Open Insurance pode ser a solução para algumas ineficiências específicas do mercado. “As seguradoras podem criar novas soluções e aumentar significativamente seus resultados, especialmente na captação de novos clientes – já que é possível oferecer produtos mais personalizados. Além disso, o Open reduz custos operacionais, algo que sempre foi problemático no país. Além disso, o Open Insurance ajuda a expandir o alcance das empresas e a criar novas oportunidades de negócios. Mais precisamente: o ecossistema Open pode trazer impactos positivos significativos, como menos assimetria de informações entre os participantes, maior alcance, economia de plataformas de gestão e menor investimento em segurança”.”, aponta Danillo Branco, CEO da Finansystech.
A consultoria aponta ainda que as seguradoras brasileiras têm a oportunidade de buscar jornadas mais fluídas e com mais engajamento, investindo tanto na experiência do usuário como em ferramentas mais interessantes para os corretores e clientes finais.
Como o Opin pode ajudar?
O compartilhamento de dados entre empresas credenciadas pela Susep, (Superintendência dos Seguros Privados), de maneira segura e precisa, permitirá que os consumidores obtenham melhores produtos e serviços e as empresas terão acesso a um número de dados muito maior e de diversas fontes, podendo assim tomar decisões mais precisas para aprimorar processos de negócios.
Com o Open Insurance, as seguradoras também poderão ter novos fluxos de receita através de parcerias com outras empresas e fornecedores. Incluindo, por exemplo, serviços adicionais aos já oferecidos pela empresa.
Mais exemplos:
– Padronização e facilitação do compartilhamento de dados: O Open Insurance propõe a criação de um sistema padronizado de compartilhamento de dados por meio de APIs abertas. O sistema simplifica e torna mais eficiente o processo de troca de informações entre seguradoras, clientes e terceiros, facilitando o acesso a dados relevantes para a prestação de serviços de seguro.
– Estímulo à inovação e competição: Ao permitir o acesso a dados por meio de um sistema aberto, o Open Insurance incentiva a entrada de novos participantes no mercado. Isso fomenta a competição, impulsiona a inovação e oferece novos produtos e serviços aos consumidores.
– Aprimoramento da experiência do cliente: Com o compartilhamento de dados, as seguradoras podem oferecer serviços mais personalizados e adaptados às necessidades individuais de cada cliente.
– Potencial para impulsionar o desenvolvimento econômico: Ao promover o acesso mais amplo e eficiente aos dados, o Open Insurance desempenha um papel significativo na democratização do ecossistema trazendo novos modelos de negócios para parte da população que não tem acesso ao universo dos seguros.
No contexto brasileiro, a implementação do Open Insurance pode não apenas modernizar o setor de seguros, mas também contribuir para a economia digital do país, alinhando-o com iniciativas internacionais e promovendo um ambiente mais competitivo e inovador.
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