Oficina Brasil FIDES apresenta caminhos para a inovação no mercado de seguros

Por Estrutura Inicial Open Insurance Brasil, maio de 2023.

Cibersegurança foi o foco do evento, que reuniu profissionais do setor atuantes em toda a América Latina.

Segurança cibernética e boas práticas em questões ambientais, sociais, governança: a Oficina Brasil FIDES de Inovação em Seguros, realizada em abril, abordou a evolução do setor segurador a partir de nichos essenciais para a atualização de sua visão estratégica. Para os próximos anos, segundo o Relatório Global de Riscos 2023 do Fórum Econômico Mundial, cibersegurança e questões ambientais de governança são os maiores focos de preocupação global. 

Veja um resumo dos principais debates do evento:

Mobilização contra crimes cibernéticos
O Brasil ocupa o segundo lugar entre os países da América Latina no ranking de tentativas de ataques cibernéticos: foram registradas 100 bilhões de tentativas nesse sentido em 2022. O país só perde para o México, que registrou 187 bilhões de investidas. A cobertura desse tipo de risco, segundo o diretor técnico da CNseg, Alexandre Leal, ainda é incipiente, mas mostra potencial de crescimento: no ano passado, arrecadou-se 170 milhões de reais, com 64 milhões em indenizações pagas. 

Capacitação em segurança
Ainda no tópico da prevenção ao cibercrime, o coordenador de TI da Febraban, Bento Filho, apresentou a proposta de criação do laboratório de segurança cibernética. O centro seria o primeiro voltado à inovação em segurança digital no sistema financeiro, realizando treinamentos e capacitações, simulações de ataques cibernéticos e exercícios de resposta a incidentes.O momento, diz Robson do Amaral, da Liberty Seguros, é de arrumar a casa no que diz respeito à proteção de dados: “Não se trata só de ter um departamento de TI, ele nos dá o suporte. Mas é preciso que haja pessoas dedicadas a avaliar os riscos dentro das estratégias e também fomentar uma cultura de cibersegurança entre os colaboradores. Todos somos responsáveis”, argumentou

Comunicação e trabalho conjunto
A troca e o compartilhamento de dados são essenciais para a ampliação da rede de proteção a ataques cibernéticos. O diretor de serviços da CNseg, André Vasco, apresentou a representantes brasileiros e de outros países latinos o banco de dados sobre incidentes cibernéticos mantido pela Confederação. O sistema alerta sobre incidentes ao redor do mundo e, ao captar irregularidades, dispara um aviso às associadas e oferece alternativas de correção. Durante o debate, profissionais de Argentina, Paraguai e Uruguai elogiaram a cultura de investimento em segurança das empresas brasileiras: “Temos ainda um mercado muito pequeno nesse ramo, com poucas apólices voltadas a cobrir o risco cibernético. Estamos alguns passos atrás”, considerou o diretor executivo da Associação Argentina de Companhias de Seguros, Gustavo Trias. 

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